Se as pessoas fossem elas mesmas, eu poderia fazer o mesmo, mas isso só iria durar até o instante que descobrissemos outras coisas. Por exemplo, eu era eu mesma quando era criança. Mas conheci pessoas, fiz vinculos, conheci um pouco mais do mundo e mesmo que eu quizesse não voltaria a ser a mesma, então já não sou a mesma, mudei desde o meu rosto, as minhas roupas, mudei desde meus pensamentos até meu último fio de cabelo, como uma cobra trocando de pele. E cá estou eu com minhas comparações ilogicas. Mas na verdade eu continuo a mesma, só que com uma pele diferente. Julgo-me e comparo-me o tempo todo com outras pessoas e isso me faz mudar também, por questão de aprendizado. Vivo mudando de fases, e nem sei se isso é bom, pode até ser dependendo de quem está olhando.
18 anos é muita coisa, mesmo que muitos digam que é pouco. Na verdade a idade de uma pessoa está no seu modo de pensar e não nos números, mas essa é a idade certa para mim, ou não. Afinal as vezes, admito ser totalmente futil, e não vou nem começar com meus devaneios para não gastar muito tempo. Só sei que citei essa questão da idade porque reprimo-me a pensar que já tenho tanto e ao mesmo tempo não tenho nada. Sei que falta muito para onde ir, muito caminhos a andar, muita coisa para descobrir, mas queria apenas uma certeza para poder seguir. Tenho medo de andar pelo incerto, porque sou fraca, admito. Tenho medo de cair e por isso muitas vezes deixo de seguir, tenho medo de encontrar uma cratera no caminho e não ter ninguém para impedir que eu caia. Tenho medo de ser tudo, de ter tudo, mas tenho muito mais medo de ser nada, de não ter nada. Deve ser por eu ser tão fraca que as tristezas costumam me invadir a alma, mas vou tratar disso, ou pelo menos tentar.
Meu caminho agora tem várias saidas, estou procurando qual seguir, mas ainda não sei para onde ir, só sei que para onde eu for será um caminho sem volta e sem saida.
ML
