quarta-feira, 26 de maio de 2010

O perdão

E mais uma manhã se passava em um dos colégios da cidade de Santa Catarina, no intervalo de uma aula para outra todos conversavam e davam suas gargalhadas quando em uma fração de segundo começou uma briga que trouxe consequências.
Pelo que me disseram João, estava estudando e Pedro e seus amigos decidiram bagunçar com ele, como João era muito cabeça quente não perdoou quando Pedro rasgou todo seu livro e partiu para cima dele antes mesmo que alguém pudesse perceber que aquilo era uma briga. Eles estavam rolando pelo chão e se batendo quando os amigos de Pedro seguraram eles para tentar amenizar a briga. Eles já tinham suas desavenças por terem sido grandes amigos desde a infância e terem deixado de ser falar quando João passou a namorar com a ex de Pedro, que trocou-o por ele. A coordenadora veio as pressas e levou os dois a sua sala, eles não conseguiam se entender e gritavam um dizendo que ia matar o outro, os dois estavam muito irritados, parecia que estavam engasgados desde o tempo em que deixaram de ser amigos e decidiram soltar tudo naquele instante. Então a coordenadora pediu para que eles fossem para casa, suspendeu cada um por 3 dias, o que ela achou que seria tempo suficiente para ficarem calmos e voltarem ao colégio, ela disse:
- Daqui a três dias, antes de entrarem na sala, venham os dois aqui e muito mais calmos quero ve-los pedindo PERDÃO um ao outro, não porque eu estou pedindo, mas peço que o façam de coração.
Eles foram para suas devidas casas e três dias depois entraram na sala sem sequer olhar um para o outro. A raiva deles é era eminente no rosto de cada um. A diretora assim falou:
- João e Pedro, vocês eram grandes amigos, fazem parte desta instituição desde o começo dos estudos, eu vi vocês crescerem, vi vocês brigarem e fazerem as pazes, vi o vinculo de amizade de vocês. Claro que amigos tem suas desavenças, mas está briga passou dos limites, vocês tem que perdoar um ao outro e voltarem a ser os grandes amigos que eram!
Depois de um minuto de silêncio, Pedro foi o primeiro a falar.
- Desculpe-me diretora, mas eu não vejo nenhum grande amigo meu dentro desta sala. Se um dia existiu essa amizade foi por que eu era muito cego, não vi que o interesse dele era roubar minha namorada que eu tanto amava, e amo, e que ele mais do que ninguém sabia disso e mesmo assim tirou-a de mim. Então não há como perdoar.
- Que pena que você não tem justificativas suficientes, por que o único motivo dela ter terminado com você, foi suas ações, e não por eu ter roubado ela de você. Mas, já que você está dando a última palavra, não vou contrariar, não há como perdoar.
A diretora se entristeceu, não havia mais nada a fazer. Deixou eles em turmas diferentes para evitar desavenças e assim se seguiu por um bom tempo.
Depois das férias de Junho, os amigos começaram a sentir falta da presença de João, ele não frequentava mais as aulas e todos acreditavam que ele havia dessistido, sua namorada quase não aparecia nas aulas, e quando aparecia estava muito pertubada e saia a maioria das vezes no meio das aulas para atender o telefone. Ela não dizia a ninguém o que estava acontecendo com ele, na verdade ela dizia que eles não estavam se vendo mais. A curiosidade despertou em todos, inclusive em Pedro, que achou que ele havia deixado de frequentar as aulas por causa da briga deles. 2 meses depois do seu desaparecimento, seus pais apareceram no colégio. E na hora do intervalo estavam em cima do palco de apresentações com um microfone, esperando a atenção de todos que se calaram para ouvir.
- Bom dia a todos, nós somos Luiz Carlos e Eduarda, os pais de João Oliveira de Menezes, da turma do 3º ano. E viemos aqui para esclarecer o motivo das faltas do nosso filho. - ele respirou fundo e continuou - João está com leucemia.
Todos ficaram boqueabertos, começaram a susurrar e era percepitivel que a voz do pai havia se enfraquecido. Mas, ele continuou.
- Não venho aqui porque todos estavam curiosos para saber o motivo das faltas, venho aqui pedir um apelo a todos. Meu filho está sofrendo de uma doença, que pode acontecer com qualquer um de vocês, e ele precisa da doação de sangue. E principalmente, doação de medula, já que está é muito mais rara de ser compativel, então quanto mais pessoas fizerem sua doação, mas chances temos de ver o João curado.
O pai terminou seu discurso e a mãe já estava aos prantos quando eles foram embora. Aquela noticia tinha afetado todos, mas principalmente Pedro.
Este foi para casa e pensou muito, ele sabia que o menino que agora estava deitado em uma cama de hospital era a pessoa que ele mais tinha raiva na vida, ele sabia que a um tempo atrás ele havia dito "não há como perdoar" e agora a mesma pessoa precisava dele. Derrepente ele começou a ficar com raiva, muita raiva. Falou sozinho em voz alta "Como sempre, o João sempre sai como o coitadinho da história, eu não vou ajudar ele acoisa nenhum, tenho certeza que ele não faria o mesmo por mim."
Só que com o tempo, seu coração foi ficando apertado, ele via as pessoas comentando sob o estado de saúde do seu Ex melhor amigo, ele ouvia todos os seus atuais amigos aconselhando para que ele fosse lá, muitas pessoas haviam doado mas não encontraram uma medula compativel, ele estava cada vez mais fraco. Pedro começou a lembrar de todos os momentos deles juntos, lembrou das peladas, dos jogos de video game, das conversas, das garotas, lembrou de como eles cresceram juntos e como a amizade deles acabou como um piscar de olhos, mesmo sabendo que ele jurou que nunca mais falaria com ele, e tinha certeza que não iria precisar dele nunca mais, ele se senibilizou pois sabia que não era necessário apenas fazer a doação, antes disso ele precisava perdoar, não só da boca para fora, mas de coração. Ele sabia que aquele perdão era muito importante para ele, então decidiu ir ao hospital, em um horário que não houvesse ninguém.
E lá estava ele, dormindo, muito pálido e magro, com a cabeça raspada, com olhos fundos e com um aspecto totalmente diferente daquele João com vida que ele conhecia a tempos atrás. Pedro estava em total silêncio, mas João sentiu sua presença e abriu os olhos vagarosamente. Pedro foi dá a meia volta para sair do quarto, mas foi interrompido.
- NÃO!- era um grito fraco. Ele o olhou, e seus olhos gritavam por socorro, seus olhos estavam sem vida e cheios de lágrima.- Por favor meu grande amigo, não me abandone. Estas podem ser minhas últimas horas de vida, mas não quero partir sem receber seu perdão. Eu estava esperando você vir, e cheguei a passar noites em claro com remorso e pensando que você não viria, mas você veio! Quero lhe pedir perdão! Já terminei meu namoro com a Clara, a sua menina, a que você tanto ama está livre para você. Quero que você me desculpe por ter roubo ela de você, não posso partir se você não falar que me perdoa.
- Pare com isso, você não vai morrer!! Eu estou aqui para lhe perdoar e lhe pedir perdão, é uma pena que façamos isso apenas agora, é uma pena ter perdido tempo com essa briga inútil. Eu a amo sim, mas você ama muito mais. E nós somos tão amigos que nos apaixonamos pela mesma garota não é? Você é meu grande amigo, sempre foi e sempre será.
E na calada da noite um abraço trouxe um sorriso a quem não sorria a muito tempo, trouxe afeto, trouxe companherismo, trouxe de volta uma verdadeira amizade. E nos dias que se seguiram foi descoberto que apenas Pedro poderia doar medula para João, pois ele era o único doador compativel, mas o corpo de João rejeitou a medula e com alguns meses depois ele faleceu.
Alguém pode dizer que é conhecidencia ou o destino. Eu acredito que só a uma resposta para isso: DEUS. Ele soube exatamente o que fez, antes que aquele menino chorasse o resto da sua vida com arrependimento. O rancor não nos leva a lugar nenhum, sei que não é fácil desculpar alguém que lhe fez o mal, mas quando o perdão é de coração, ele é totalmente nobre. Não leve pequenos brigas tão a serio, você não sabe o dia de amanhã e pode se arrepender pelo resto da vida.
Meu nome é Clara, fui o motivo da briga desses dois grandes amigos. Tenho 29 anos, sou casada com o Pedro a 10 e nos dois sentimos que nosso amor é tão grande e mágico por um único e exclusivo motivo, nos temos um anjo, que olha por nos e sempre olhará. Essa é a nossa certeza.

domingo, 23 de maio de 2010

23, oito dias para o fim do mês.


Pensei em o que rima com nostalgia. Pode ser calmaria, ou qualquer palavra que termine com ia.
Domingo, eu poderia fazer qualquer coisa mas não estava fazendo nada. O telefone não tocou, ninguém perguntou como eu estava. Mas eu não estava bem. Holanda, Amsterdã, realmente o que toda garota de 18 anos quer, sozinha, em um barco, com uma bicicleta para passear, fotos para lembrar do que passou, sorrisos, que se desmancham com o tempo, que se apagam nas fotos antigas. Confesso que um bom jogo de xadrez com alguém seria apropriado agora, ou não. Talvez eu só precise rever meus velhos hábitos e deixar de lado essa nostalgia, essa preguiça e talvez quem sabe esse tédio fosse embora.
Ascendo meu charuto, a fumaça se espalha pelo barco e depois que sai pelas janelas vai desaparecendo na imensidão das ruas. Alguém que passa, pode até acreditar que estou rodeada de amigos fumando e me embriagando nessa noite escura e sem estrelas.
Mas estou sozinha, eu e essas tristezas que me rodeiam, me abatem e me derrubam. Chegam sem motivo e perfuram minha alma. Me comparo com uma daquelas lutas em que aqueles homens muito gordos usam umas tanguinhas, enfim, em que eu sou uma pequena menina com 50 kilos contra um homem de 200. E se eu começar a chorar e implorar para que ele se quer se aproxime de mim, ele não iria poder nem entender qual o motivo que me levou aquela luta se não tinha coragem de lutar. O problema é que eu sou fraca demais.
E sem saber o motivo da minha tristeza, vou dormir. Acordo melhor, nem lembro que chorei e principalmente o motivo. Limpo meu rosto, todo o lápis preto que ficou embaixo dos meus olhos, lavo o rosto e saio andando na minha bicicleta, bem devagar seguindo pela rua, pelo dia 24, agora só faltam sete.

ML

sábado, 22 de maio de 2010

infinitas pulsações.

Meu sangue corria muito mais rápido do que de costume, me olhei umas cem vezes antes de sair de casa, parecia uma boba! meu coração acelerou tanto, que tive que implorar para que ele parece. Afinal estava começando a ficar realmente e extremamente nervosa, apesar de não poder demonstrar isso.
Estava meia hora atrasada, o ambiente não era como nos filmes românticos, ele não estava vestido com um daqueles rostos de galãs de cinema, estava apenas com um boné virado para trás e tomando sua cerveja como de costume. Mas quando ele me viu, parecia que tinha entrado nos meus sonhos, seu sorriso poderia não ser perfeito, mas era ideal. Respirei fundo, quando me faltou o ar. Tinha me esquecido de respirar por alguns instantes. Pensei para que mesmo respirar se ele estava bem ali na minha frente.
Ele se levantou e com ele meu coração saltou como se eu estivesse em plena queda livre, parecia muito mais do que emoção, era adrenalina. Se aproximou, olhou nos meus olhos e foi então que percebi que ele era o que eu precisava, tinha até vergonha de me aproximar já que meu coração podia me denunciar a qualquer momento.
- Minha linda! - foi o que ele disse. E me beijou.

ML

sexta-feira, 21 de maio de 2010

leves e pequenas lembranças



Certo dia ela pousou na janela do meu quarto tão silênciosa e ternamente adorável que passei a observa-lá por alguns instantes. Suas asas era uma mistura de cores tão totalmente fantasiosa que com um piscar de olhos já não estava mais no meu quarto, viajei por um tunel de cores, as lembranças dos meus melhores momentos passaram tinindo na minha memória! Lembrei de raros e lindos momentos da minha adolescência em que eu não era uma menina querendo ser mulher, e sim apenas uma criança.
Daquelas que, escondidas... brincam, falam sozinhas com seu amigo imaginário, daquelas que quando ninguém está vendo, brinca com suas primas de 6 anos, fazem bolo na areia, jogam futebol mesmo sem sabem nem para onde vai e conversa com seu cachorro com uma daquelas vozes que só ele pode ouvir, porque você tem medo de outra pessoa ouvir e te achar, idiota.
Parecia um deja vú, e as lembranças foram passando como em uma linha do tempo! Olhava para os lados e via um jardim, com muitas flores, muitos animais e com aqueles detalhes que a gente só encontra nos contos de fadas. Pensei comigo mesma que boba eu era por ser tão medrosa. Por ter perdido minha infância aos 10 anos, só porque as outras crianças estavam fazendo isso, e agora olhe só para mim?
Na velocidade da luz acordei, alguém batia na porta. Era meu marido, por alguns minutos havia esquecido que tinha um mundo me esperando, nem fazia ideia de como o tempo passará rápido, agora não tinha mais dez, tinha 30. E não podia viver de lamentações, minha infância tinha acabado, só me restava sonhar.

ML

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A menina que visitou o pais das maravilhas.

Não sei como começar minha própria história, até porque vocês vão me achar louca quando contar. Não, eu não me chamo Alice, meu nome é Julia, tenho 16 anos e minha vida ultimamente está um pouco complicada, mas complicações que podem ser resolvidas se forem esquecidas.
Era final de tarde, o sol estava se escondendo atrás das montanhas e do outro lado estava a lua cheia, subindo devagar no horizonte distante, estava deitada na rede olhando o céu e pensando como faria a prova de física se estava com muita preguiça de estudar. O sol desapareceu, a lua subiu, e as estrelas foram surgindo e se espalhando pelo céu escuro. Foi então que vi uma estrela cadente, mas ela não era apenas uma estrela cadente, ela era amarela e sua luz era muito mais forte que as outras, se destacando sob as demais, totalmente enorme e passou tão rápido quanto um piscar de olhos e só tive chance de um pedido "quero uma noite mágica", foi isso que pedi, apesar de me achar uma tola por está falando com uma estrela no lugar de está estudando para a prova do dia seguinte. E foi exatamente isso que eu decidi fazer, entrei, fechei a porta e sentei na escrivaninha.
Foi quando alguma coisa muito estranha aconteceu, senti um vento frio que arrepiou do meu dedo do pé até meu último fio de cabelo, as luzes do meu quarto se apagaram e eu senti que não estava sozinha. Eu não via absolutamente nada, apenas a escuridão, e algo dentro de mim sugeriu que eu gritasse muito alto, mas ao mesmo tempo uma sensação que o tempo estava parado lá fora também gritou dentro de mim. Me dei conta de que só havia eu, meu quarto e uma outra pessoa totalmente desconhecida dentro dele. Foi ai que ouvi uma voz, fina e aguda vindo do chão: "Você pode parar de pisar em cima de mim ?" Instantaneamente levantei um pé e depois o outro, e a criaturinhinha minuscula vôo direto para o meu nariz. Ela era realmente minúscula, se eu estivesse sonhando diria que era uma fada. Mas tinha certeza que estava acordada, e aquela criatura estava lá, e eu não estava louca. Ela tinha uma luz em seu corpo e por isso conseguia enxergá-la, seus cabelos eram castanhos e enormes e uma trança envolvia algumas mechas com plantinhas e flores, ela usava uma blusa rasgada branca e um short de folha, e tinha asas transparentes bem compridas, ela era linda, apesar de minúscula tinha traços nítidos de uma humana e com orelhas puxadas. Ela falava com pressa mas seu tom de voz foi diminuindo e desacelerando aos poucos, ela falou claramente e eu pensei que estivesse sonhando:
- Está pronta Julia?
- pronta? pronta pra que?
- ora, ora, será que entrei na casa errada?
- quem é você?
- não importa, me diga: você fez um pedido essa noite?
Sem acreditar no que ouvia, Julia respondeu:
- sim, fiz a uma estrela cadente.
- e o que você pediu?
- uma noite mágica!
- então porque fica querendo me confundir para eu pensar que entrei na casa errada?
- hãn ? eu fiz isso ?
- claro que fez.! Mas não vamos conversar, você tem uma noite inteira pela frente e não quer perder nenhum detalhe não é mesmo ?
- não quero ?
- ah, como você é lenta em júlia? já te falaram isso ? vamos logo.
Incrivelmente forte aquela criaturinha com menos de meio centímetro me arrastou para a varanda e com apenas um olhar abriu a porta. Lá fora estavam uma borboleta gigante e completamente diferente de qualquer borboleta que eu tenha imaginado um dia, com um rosto que lembrava muito o de uma criança e com um corpo muito diferente de uma largata, tinha um corpo também de uma criança mas com asas nitidamente de uma borboleta, enorme e colorida e cheguei a pensar que ela era uma mistura de seres, ao lado dela estava um gato branco com olhos cor de mel muito expressivos e que foi logo falando:
- Você está louca Cheerful? Ela nem se apresenta e você já quer trazer a humana para o nosso mundo só porque ela fez um pedido a uma estrela cadente idiota? Temos que tomar providencias, essas estrelas pensam que podem mandar em todo mundo estão ficando fora de controle.
Cheerful respondeu:
- Eu gostei dela, da pupila.
A borboleta ou sei lá o que fosse, ficou radiante de felicidade ao ouvir aquilo e respondeu:
- Ah, então leve-a conosco!
O gato branco me semi olhou, virou e pulou. Quando eu estava prestes a gritar para dizer que ele podia se machucar eu já estava no ar, voando e subindo cada vez mais alto e vendo as casas da vizinhança se distanciar cada vez mais e ficar entre as nuvens. Cheerful pulava sobre elas tão animada que acabou me soltando. Fechei os olhos imediatamente pensando como seria minha morte caindo daquela altura, mas lá estava eu, voando sozinha. Me sentia como aquela fadinha, leve e ao mesmo tempo muito forte. Comecei a pular como ela e parecia que estava pulando em uma cama elástica e que estava caindo em uma pilha de colchões...
E lá fui eu a caminho do lugar que todos um dia gostariam de conhecer, desde os mais sérios aos mais alegres, desde as crianças até os mais idosos, fui para o lugar mais lindo e surreal que você possa imaginar, que está ao alcance de qualquer um que possa sonhar.

ML

Para Rayssa Gadelha. sis. x3

katherine.

Ela acordou por volta das oito da manhã e quando olhou para janela lá estava o sol, parecia que ir ser um dia quente. Pegou o celular e tinha algumas ligações não atendidas da sua mãe, ela não retornou, ela queria que o dia fosse só dela e por isso ficaria incomunicável, por isso antes de sair para fazer uma trilha, desligou o celuar e deixou ele em casa.
Andou alguns quilômetros até achar a floresta que procurava, a trilha estava sendo comida pelas árvores e ela sentiu um arrepio ao olhar para dentro daquela imensa escuridão, apenas alguns feiches de luz iluminavam o caminho, mesmo sendo dia. Ela não dessistiu, deu os primeiros passos e percebeu que teria que sair da trilha, seu coração acelerou, mas ela continuou andando.
Ela olhou para céu e percebeu que algumas gotas de chuva começavam a cair, agora sim ela estava mais a vontade, a chuva caia e os pensamentos ruins caiam no chão com ela. Mas o sol ainda estava lá iluminando a floresta que estava ficando cada vez mais escura, depois de algumas horas andando ela percebeu algumas marcas de passos na terra molhada e que pareciam ser recentes, o medo surgiu quando ela viu que não era uma animal e sim um homem. O que a tornava estranha, por que qualquer pessoa em seu lugar teria mais medo de uma fera do que de um homem. Então ela pensou "calma, Katherine, você vai tomar uma direção oposta a esses passos e tudo vai ficar bem"
E foi o que ela fez, seguiu andando na diração oposta da trilha e dos passos, e por incrivel que possa parecer ela estava mais aliviada por não está seguindo em linha reta, ela queria que fosse um dia totalmente fora da linha.
Algumas horas depois ela achou em meio as árvores um lindo bosque escondido na floresta, lindo com seus inúmeros detalhes e no céu lá estava o arco iris, ela se sentiu como se tivesse encontrado o pote de ouro no fim do arco iris. Ela deitou na terra úmida e se sentiu como ela esperava: livre. começou a pensar que não pensar em nada naquele momento seria o ideal, fechou os olhos e sonhou.
Sonhou que seria ótimo se aquele fosse o fim da sua vida, o que ela mais desejaria para sua vida do que tuda aquela perfeição? foi quando ela ouviu um barulho nas árvores, um movimento. abriu os olhos e ficou de pé em um pulo, percorreu as árvores com os olhos e nada achou.
Quando ela olhou para trás, lá estava ele. Um homem alto, de óculos, moreno e com o cabelo curto, um tipico nerd, com roupas meio dessastradas e longe da perfeição e exatamente por isso ela o adorou.
Ele disse: estava fujindo de mim Katherine?
O espanto foi nitido e momentaneo, como ele saberia seu nome?
Ela gagejou: n-ã-o. q-u-e-m é v-o-c-ê?
Ele deu um meio sorriso e disse: você não me conhece, mas posso te explicar, me dê só alguns minutos.
Ele estedeu a mão para ela que só pensou em correr.
Ela correu pela floresta, dessesperada sem rumo, sem saber para onde ir. E ele corria atrás dela o mais rápido que podia. Ela começou a chorar e pensar que maluca ela era por está ali sozinha. Foi quando finalmente ele alcançou ela e segurou seu braço.
Olhou nos olhos dela e disse: Eu sou um anjo, seu anjo.
Ela fechou os olhos e foi.

domingo, 2 de maio de 2010

Duda.

3 coisas passam na cabeça de uma adolescente de 15 anos, roqueira, filha única, de pais separados e uma tipica rebelde, e que está prestes a fazer algumas loucuras básicas.
1ª essa sensação é muito boa.
2ª vou fazer isso sem pensar nas consequências.
3ª se minha mãe descobrir concerteza vou ficar de castigo pelo resto da vida.

Era uma sexta-feira qualquer do mês de abril, e lá estava Maria Eduarda, conhecida como Duda tomando banho para sair como sempre fazia nos finais de semana. Ela escolheu bem a roupa e passou algumas horas se maquiando a ajeitando os cabelos, sua mãe bateu na porta do quarto e gritou que suas amigas já estavam esperando na entrada do prédio. ela correu, pegou algum dinheiro, o celular, bateu a porta e já do lado de fora deu um grito "tchau mãe, não precisa me esperar". a mãe que estava assistindo a novela das 8 foi na varanda olhar ela entrando no carro e sumindo na rua escura, e como era de costume seu coração sempre ficava apertado nesses dias.
No carro estava Alice, Clarinha e Caio césar, ele parou no posto e comprou alguns litros de vodka e martini. Claro que a noite ia ser muito longa.
Duda viu as garrafas e pensou como seria sua primeira noite bebendo, afinal apesar de os últimos meses loucos com seus novos amigos ela nunca tinha bebido, só que hoje ela não escaparia. Segundo Fabi teria lhe adiantado, eles estavam indo para a casa de alguns amigos jogar stripoker com algumas rodadas de bebidas para aqueles que perdessem. Mesmo seu subconciente gritando em alerta ela estava muito animada para aquela noite.
A casa estava bem iluminada,com luzes coloridas e alguns abajus no chão, não havia muitos móveis, apenas enormes sofás espalhados pela sala imensa e um bar no canto com algumas bebidas. Ela entrou e tinha pessoas ali que ela nunca tinha visto na vida, a maioria homens, todos amigos de CC, que foi logo apresentando suas amigas. A noite era uma criança e então o tão esperado jogo começou. Peças de roupas foram sendo jogadas, e Duda estava começando a ficar nervosa. Ela não era muito boa em poker e foi tendo que beber mais e mais para compensar suas perdas, afinal ou ela bebia ou tirava todas suas peças de roupa.
Por volta das duas da madrugada a festa estava bem quente, o som chegava ao quarto dos vizinhos que estavam coemçando a ficar estressados, Clarinha sugeriu que as meninas fossem para casa e voltassem um outro dia para continuar o jogo. Duda nem pensou duas vezes quando ligou para mãe pedindo para busca-la e quando sua mãe perguntou no carro o que eles tinham feito ela apenas respondeu que tinham visto alguns filmes de comédia romântica com pipoca e refrigerante.
Foi na madrugada do sábado que ela descidiu fujir de casa e ir para a casa de Fabi, que estava dando uma festa e que já tinha ligado alguns minutos antes. Ela pegou sua mochila, colocou roupas e dinheiro, nem sequer o celular pegou. Saiu no maior silêncio que conseguiu e disse ao porteiro que ela estava indo para casa do seu pai por que havia brigando com sua mãe e pediu para ele falar com ela, só se ela não chegasse até as 10 da manhã.
Na casa de Fabi o ambiente era mais familiar, eles estavam na varando jogando verdade ou consequência quando Duda chegou e percebeu que Clarinha não estava por lá. Fabi disse que seus pais estavam viajando e só voltariam na segunda. E começou um novo jogo quando Duda entrou na brincadeira. Algumas horas depois Guga um menino que ela mal conhecia estava lambendo sua barriga que estava cheia de iorgute. As consequências estavam ficando piores e duda já havia beijado CC e guga por 20 minutos, que era o tempo estipulado e dado um selinho triplo com outras duas meninas que nem se quer lembrava o nome. Ela já estava um pouco tonta quando viu que o sol estava tão forte como um de meio dia. E quando olhou a hora viu que já passava disso, era uma hora da tarde e sua mãe deveria estar em pânico, os meninos estavam bebâdos e decidiram que também queriam ir para casa.
Entrou no carro Duda, Guga, CC, as duas meninas as quais ela não lembrava o nome e um amigo de guga. ela sentou no colo de uma menina e cochilou ali mesmo já que estava morta de cansada. Quando ela abriu os olhos era tarde de mais. Viu apenas um clarão no seu rosto, era um caminhão e depois tudo se apagou.