domingo, 23 de maio de 2010

23, oito dias para o fim do mês.


Pensei em o que rima com nostalgia. Pode ser calmaria, ou qualquer palavra que termine com ia.
Domingo, eu poderia fazer qualquer coisa mas não estava fazendo nada. O telefone não tocou, ninguém perguntou como eu estava. Mas eu não estava bem. Holanda, Amsterdã, realmente o que toda garota de 18 anos quer, sozinha, em um barco, com uma bicicleta para passear, fotos para lembrar do que passou, sorrisos, que se desmancham com o tempo, que se apagam nas fotos antigas. Confesso que um bom jogo de xadrez com alguém seria apropriado agora, ou não. Talvez eu só precise rever meus velhos hábitos e deixar de lado essa nostalgia, essa preguiça e talvez quem sabe esse tédio fosse embora.
Ascendo meu charuto, a fumaça se espalha pelo barco e depois que sai pelas janelas vai desaparecendo na imensidão das ruas. Alguém que passa, pode até acreditar que estou rodeada de amigos fumando e me embriagando nessa noite escura e sem estrelas.
Mas estou sozinha, eu e essas tristezas que me rodeiam, me abatem e me derrubam. Chegam sem motivo e perfuram minha alma. Me comparo com uma daquelas lutas em que aqueles homens muito gordos usam umas tanguinhas, enfim, em que eu sou uma pequena menina com 50 kilos contra um homem de 200. E se eu começar a chorar e implorar para que ele se quer se aproxime de mim, ele não iria poder nem entender qual o motivo que me levou aquela luta se não tinha coragem de lutar. O problema é que eu sou fraca demais.
E sem saber o motivo da minha tristeza, vou dormir. Acordo melhor, nem lembro que chorei e principalmente o motivo. Limpo meu rosto, todo o lápis preto que ficou embaixo dos meus olhos, lavo o rosto e saio andando na minha bicicleta, bem devagar seguindo pela rua, pelo dia 24, agora só faltam sete.

ML

Um comentário:

  1. marina meu bem :DD tbm tô te seguindo, adoreeeeeei as coisas q vc escreve *-*
    ééé, quando em? adorei conversar com vc :**

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