sexta-feira, 21 de maio de 2010

leves e pequenas lembranças



Certo dia ela pousou na janela do meu quarto tão silênciosa e ternamente adorável que passei a observa-lá por alguns instantes. Suas asas era uma mistura de cores tão totalmente fantasiosa que com um piscar de olhos já não estava mais no meu quarto, viajei por um tunel de cores, as lembranças dos meus melhores momentos passaram tinindo na minha memória! Lembrei de raros e lindos momentos da minha adolescência em que eu não era uma menina querendo ser mulher, e sim apenas uma criança.
Daquelas que, escondidas... brincam, falam sozinhas com seu amigo imaginário, daquelas que quando ninguém está vendo, brinca com suas primas de 6 anos, fazem bolo na areia, jogam futebol mesmo sem sabem nem para onde vai e conversa com seu cachorro com uma daquelas vozes que só ele pode ouvir, porque você tem medo de outra pessoa ouvir e te achar, idiota.
Parecia um deja vú, e as lembranças foram passando como em uma linha do tempo! Olhava para os lados e via um jardim, com muitas flores, muitos animais e com aqueles detalhes que a gente só encontra nos contos de fadas. Pensei comigo mesma que boba eu era por ser tão medrosa. Por ter perdido minha infância aos 10 anos, só porque as outras crianças estavam fazendo isso, e agora olhe só para mim?
Na velocidade da luz acordei, alguém batia na porta. Era meu marido, por alguns minutos havia esquecido que tinha um mundo me esperando, nem fazia ideia de como o tempo passará rápido, agora não tinha mais dez, tinha 30. E não podia viver de lamentações, minha infância tinha acabado, só me restava sonhar.

ML

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