segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bem vindo ao mundo da maturidade.


As pessoas são bobas, acreditam em um sorriso. As meninas são muito mais bobas, digo das mais novas, quando eles piscam elas acreditam, se um menino jura que não está mentindo elas acreditam, se eles prometem nunca mais fazer elas aceitam, se eles pedem desculpas elas perdoam. A maturidade ensina que o importante não é ter o sorriso mais bonito se ele não vier da alma, ela ensina que passar horas em uma academia não vai te deixar nenhum um pouco mais inteligente, deixar sua bunda grande vai te dar no máximo alto estima. Mas quem ganha muito mais com isso são aqueles que viram para olha-la quando você passa na rua, são aqueles moto táxis que passam o dia olhando as maiores bundas que passam na rua e quando a sua é ideal, eles ganham o dia.
A maturidade ensina que quando você não gosta de alguém, você abusa muito rápido e quando você gosta de alguém você tem sempre finjir que não se importa para ver se alguém se importa com você, você aprende que as pessoas são assim: quanto mais amamos mas elas nos rejeitam e quanto mais rejeitamos mais elas nos aceitam, ela ensina que os melhores homens não existem mesmo que você passe boa parte da sua vida sonhando com uma pessoa ideal, então você tem que se acostumar com as pessoas se você quizer conviver em sociedade. Você aprende que as melhores histórias são as dos filmes, aquelas que te fazem chorar e depois fazem você voltar à realidade. Você descobre que os melhores amigos são aqueles que não te trocam por novos amigos, que não te trocam por pessoas mais ricas e nem por um namorado, eles não te trocam por amigos com carro e não te procuram só quando precisam. Os melhores amigos são aqueles que você pode falar tudo da sua vida para ele e ele nunca vai contar a ninguém, os melhores amigos são aqueles que dizem que você tá errado, são aqueles que te criticam para você melhorar, são os te ensinam com as palavras, são aqueles que você tem liberdade suficiente para falar de qualquer assunto.
Podem dizer que os amigos se fortalecem com o tempo e só com ele aprendemos a ter intimidade, discordo. As melhores pessoas que entraram na minha vida foram as que passaram rápido por ela, as que permaneceram foram me decepcionando e me magoando de tal forma que as vezes é melhor esquece-las. A maturidade ensina que um fim de namoro não é o fim de uma vida, que a eternidade se faz em cada momento bom que você teve e que fica guardado. A maturidade ensina que enquanto você chora os outros riem de você, enquanto você ri os outros pisam em você, enquanto você dessiste os outros passam por cima de você.
A maturidade ensina que as melhores músicas não são as mais animadas e sim as que falam o que você precisa ouvir, a vida lhe ensina que os momentos mais simples são os melhores, dependeno da companhia, claro. A maturidade me ensinou que a vida não vai querer sempre lhe derrubar, apesar de ser nos dia de tristeza que vão vir as melhores histórias, ela mostra que se você quizer você pode sorrir muito mais do que chorar, basta saber lutar. A maturidade ensina que nem tudo que você quer, você consegue, nem tudo que você quer é o melhor e principalmente nem tudo que você quer é essencial.
Com os obtáculos você aprende que você não vai conseguir arrumar um emprego de primeira, que seu melhor amigo pode ser seu chefe, que você pode conquistar muitas coisas ou talvez nada. Com a maturidade você percebe que ou você estuda ou você estuda, ou você trabalha ou você trabalha, ou você cresce na vida ou você se torna um fracasso, você percebe que as vezes o seu sonho pode te levar ao fim do túnel ou te levar ao topo. Você aprende que as pessoas vão te julgar sem te conhecer e mais ainda quando te conhecerem, e não importa onde você vá sempre vai haver alguém para te odiar e alguém para te amar.
Eu aprendi que não existe amor sem conquista, não existe amizade sem desafio, não existe família sem briga, não existe trabalho sem esforço, não existe conquista sem luta, não existe carinho sem comprensão. Aprendi também que existe sorriso sem dentes, existe visão sem olhar, existe afeto sem toque, existe amor verdadeiro mas não amor eterno, aprendi que os melhores sonhos são quando você está acordado, que as mais bobas palavras se transformam nos melhores textos e finalmente aprendi que não aprendi nada ainda e estou bem longe da maturidade. E, bem, estava errada quando disse que as meninas mais novas são mais bobas, todos nós somos.

ML

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Olhos Fechados.

Meus pequenos e bobos problemas fazem descer algumas lágrimas e o vermelho dos meus olhos responde a quem vê. Fechar os olhos, as vezes tranquiliza, as vezes ameniza a dor, o que precisamos as vezes, é apenas deixa-los fechados. As vezes nem é o que queremos, mas as lágrimas obrigam-nos a isso.
As pessoas falam muito, pensam muito, justificam mais ainda, mas principalmente olham demais, criticam o olhar, elogiam ele também. Os olhos abrem uma janela aqui e outra ali, os olhos mostram a parte boa ou ruim do mundo, depende de qual você queira ver, eles te fazem admirar as pessoas que você ama, eles fazem você se apaixonar, fazem você criticar, fazem você se envolver, eles te fazem andar no caminho certo, ter mais segurança, dão confiança aos seus instintos e sentidos.
Sabe, o mundo seria melhor se todos estivessem de olhos fechados, os sons passariam a ter um significado muito maior, o tato seria o auxilio de todos, os homens não olhariam uma mulher, sentiriam seu cheiro, desenhariam seu rosto dependendo de cada palavra que ela falasse, as mulheres ouviriam seu homem, e veriam a maturidade dele e não iriam se apaixonar pela beleza, as conversas durariam mais, aquela troca de olhares de quando dois belos jovens se conhecem não existiria, mas em compensação tudo iria ser mais bonito. O mundo seria desenhado e aperfeiçoado e não pisado, as coisas poderiam ser bem melhores se derrepente todos ficassem cegos, e passasem a admirar as pequenas coisas, sorrir pelas coisas mais insignificantes, deixar de lado as coisas fúteis e perceber que não importa o que seja tudo é importante, automaticamente as tristezas bobas iriam passar, as magoas iriam passar, as coisas sem nexo, iriam passar, a beleza estaria dentro de cada um e não em um rostinho bonito (confesso que muitos não iriam gostar dessa ideia e tantos outros iriam deixar de ser galanteadores e passariam a ser nada, pois é isso que tem dentro de si). Tente fechar seus olhos, por um tempo.
Tente andar com eles fechados, tente admirar uma pessoa, de olhos fechados, tente amar, de olhos fechados, tente ouvir, de olhos fechados, tente comer, de olhos fechados, tente acariciar e receber carinho de olhos fechados, tente não tropeçar de olhos fechados, tente ver a beleza dos sons, de olhos fechados, tente admirar as mais inimagináveis coisas, de olhos fechados.
No começo, admito que é muito estranho. Você está totalmente dependente deles, você gira ao redor dos seus olhos, você acha que eles são sua base, mas com o tempo, você se acostuma. Como eu me acostumei e como todo mundo tem que se acostumar com as pancadas da vida. Se cair, levante-se. Os outros vão rir de você sabia? eles vão zombar de você, vão te ferir, você vai procurar alguém para te ajudar, mas é tudo tão dificil estando de olhos fechados. Mas você irá aprender, você irá se acostumar.
Não estou mentindo, eu me acostumei, mas não porque eu quiz fazer isso, pois mesmo com uma vida de olhos abertos, tive que deixa-los fechados. Minha mãe me disse que eles estão abertos, nesse instante, mas eu não consigo enchergar, deve haver alguma coisa errada, porque parece que agora eles vão ficar eternamente fechados.

ML

quarta-feira, 23 de junho de 2010

o silêncio dos livros.

Eis que ali estavam eles, implorando por mãos, olhos atentos, sorrisos e também seriedade, eles queriam entusiasmo, amor, paixão, arregalar de olhos, silêncio. Queriam suspense, curiosidade, dúvida, encanto. Queriam passar o melhor deles, queriam encantar mais ainda, queriam admirar sem que o outro percebece e principalmente ser admirados, mas fazia um tempo que não viam isso, infelizmente foram deixados e percebi isso justo na quarta-feira inpiração para uns, meio da semana para outros.
Não, não estou falando dos meus olhos. Eles eram livros, aqueles que não podem falar mas falam muita coisa.

ML

Fim do túnel.

Que engraçado, eu já sabia que as pessoas mentiam. Que elas enganavam, manipulavam e se disfarçavam. Mesmo assim acreditei em um sorriso, ele era bem claro e calmo e isso me deixou sem sobra de dúvidas.
Sempre há uma luz no fim do túnel, disse ele. Então não tenha medo, quando você menos esperar a luz aparecerá, mas antes faça as melhores coisas que você tem para fazer!
Só que as melhores coisas as quais ele me propós não eram as melhores, mas naquele momento eram, e muito. Enfim, acabei chegando no fim e não encontrei a luz como ele disse, era tudo escuro.

ML

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Amelie.

Ah, a tranquilidade de um dia calmo. Sem supeitas do que viria no final do dia, de manhã bem cedo ela estava deitada na rede lendo um bom livro e enrolada em seu lençol. O vento era forte e frio, balançava as folhas das árvores e dava uma vontade de dormir! Foi o que Amelie fez, foi viajar por um mundo, que nem ela mesma conhecia.
Não haviam montros, nem aventuras inimáginaveis. Era uma sala branca, lá no final ela via um pontinho preto, e foi andando e andando para alcançar ele!
Só que quanto mais ela andava e cansava mais longe parecia do ponto. A curiosidade estava ficando cada vez mais eminente e ela decidiu começar a correr. Mas ela nunca conseguia chegar. Foi ai que ela sentou e as horas começaram a passar e ela começou a deitar e cochilar.
- Amelie, acorde! Amelie?




- Amelieeee?
















- Ameliee?
Ela acordou e viu que era um homem, que parecia ser um pouco mais velho que ela, tinha os cabelos pretos bem lisos, usava um óculos redondo, estava com uma calça jeans bem largada e uma camisa branca.
- Quem é você? - falou meio tonta.
Mas ele nem sequer pode responder, porque ela acordou, agora de verdade, do sonho. Ela levantou, era por volta do meio dia. Tomou um banho, almoçou e esperou o resto do tempo passar, mas já estava ficando entediada no fim da tarde. Só que alguém bateu na sua porta, era um homem, que parecia ser um pouco mais velho que ela, tinha os cabelos pretos bem lisos, usava um óculos redondo, estava com uma calça jeans bem largada e uma camisa branca. Ou ela estava tendo um deja vú, ou seu sonho estava acontecendo.
- Amelieee?
Ele falou com a mesma voz do sonho. Suave, mas ao mesmo tempo urgente.
- Quem é você?
- Sou seu novo vizinho, minha mãe me obrigou a vir aqui na verdade, conhecer os vizinhos e mandou te entregar isso.- Era um bolo de chocolate.
- Ah! como é seu nome mesmo ?
- Davi, mas pode me chamar de D.
- OK, D. vamos entrar para comer esse bolo?
Seu novo vizinho, não era um sonho, era real,era o pontinho preto lá longe, se tornou seu melhor amigo e confidente. Se tornou seu companheiro, seu abrigo, seu tesouro e por fim, seu namorado. Claro, essa é só uma incrivel conhecidencia do destino, ou não.

ML

quarta-feira, 2 de junho de 2010

10:51

Percebi, mesmo que eu tenha feito isso depois de um tempo, que a múltipla face de um sorriso se torna muito mais divertida do que um sorriso instântaneo e falso. Por isso as pessoas acham outras tão antipaticas, caladas, mal humoradas ou podem até justificar pela timidez.
Eu não, gosto do sorriso malicioso daqueles meninos que estão sentados conversando com os amigos, em uma mesinha qualquer, gosto daquele sorrisinho bobo da mãe olhando para o seu filho, gosto daquela gargalhada de duas amigas sentadas na varanda conversando sobre todos os assuntos possiveis, gosto daquela risadinha engraçada e totalmente alta naquele lugar totalmente silêncioso.
Mas tenho que admitir que não gosto nenhum pouco daquele sorriso de canto, do tipo "tenho que sorrir, por educação", pior ainda aquele "odeio essa menina" mas continua com aquele sorrisinho forçado, detesto aqueles que sorriem para todo mundo e não conseguem sequer sorrir para si mesmo.
Que ilógico, mas o melhor sorriso é você acordar as 10:51, em plena segunda-feira, e ver seu cachorro deitado no meio das suas pernas, ali o mais doce sorriso é tão óbvio como o de uma criança, são desses que eu mais gosto.

ML

terça-feira, 1 de junho de 2010

Como antigamente.

Quão belo era o nervosismo de tocar na mão da sua doce amada, tão inocente e pura. Mais belo era as bochechas dela corando quando ele fazia isso. Aqueles doces olhares de menina, se tornaram maliciosos, pensados e estudados. Queria saber o que é o belo de hoje, ou não.
Junto desses romances de fachada, a nostagia ataca aquela que esconde seus sentimentos para não ser debochada. O silêncio do seu romantismo se perde no tempo! Quem sabe, um dia, achemos belo a vulgaridade, hoje não. E fique claro que eu falo por mim.

ML

Máscaras.

Embaixo das roupas, escondidas com o maior cuidado possível, lá estavam elas. Encontrava-se das mais bonitas a mais feias, de todos os tipos, usava de acordo com o meu humor, mas nunca saia de casa sem elas.
Só que um dia você cansa de tantas máscaras, abusa de algumas e tem medo de outras. Um dia você só quer usar uma, mas não sabe qual delas é você mesma, você não sabe quem sustenta seu edificio e acaba descobrindo que perdeu sua essência por alguma rua dessas, e não há mais como achar.

ML

A vizinha do lado.

Embaixo daqueles cobertores grossos, fugindo do mundo que a cercava,o vento frio era sua única companhia no quarto totalmente silêncioso. Engraçado como ela poderia ser tudo e ter tudo nas mãos, na hora que quizesse, mas agora ela só queria seu ursinho.
Suas mãos delicadas impediam que um rio decesse por seus olhos e chegassem ao queixo. Logo ela, tão perfeitamente perfeita, tão automáticamente linda, tão miserávelmente triste. Tão intacta, tão monotona, tão gélida, tão branca.
Haviam tristezas que fujiam e minutos depois voltavam e deslaceravam seu coração, havia alegrias que coriam e não voltavam mais, havia lembranças que mesmo com esforço para que não fossem esquecidas, desapareciam como fumaça.
Tenho pena dela, coitadinha, tão confiante de que a câmera e os personagens de suas novelas fossem tapar os buracos da sua realidade, tão convencida de que os problemas dela não eram nada.
Costumava olha-la da minha janela, parecia até feliz, quando não estava sozinha.

ML